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66 Itens encontrados

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  • Adelson do Prado (Rio de Janeiro, 1940  2004)Vendedor de Flores, 1994. Óleo sobre tela, 38  46 cm. Medidas totais com moldura: 79  87 cm.Assinada no canto superior esquerdo e no verso, datada e titulada.Obra de cores vivas e composição geométrica, típica da fase madura do artista, em que figuras femininas e cenas de delicadeza cotidiana são retratadas com linhas simples e simbologia ingênua. O padrão ornamental ao fundo e os pássaros laranja em voo equilibram a paleta quente, característica do lirismo figurativo de Adelson.Adelson do Prado (Rio de Janeiro, 1940  2004) foi pintor autodidata, vinculado ao movimento de arte naïf brasileira. Desenvolveu um estilo imediatamente reconhecível pela pureza cromática, temas religiosos e cenas rurais. Expôs individualmente e em coletivas no Brasil e no exterior, figurando em acervos como o do Museu Internacional de Arte Naïf (MIAN-RJ) e em diversas coleções particulares.
  • Adelson do Prado (1944  2013)São Francisco, 1978Óleo sobre tela, 60  60 cm. Medidas totais com moldura: 64,5  64,5 cm.Assinado e datado no canto superior esquerdo Adelson do Prado 78, com título, assinatura e data no verso.Composição de vibrante cromatismo representando São Francisco de Assis em meio à natureza, rodeado por aves  tema caro à iconografia cristã e frequentemente revisitável pelo artista, em que o elemento devocional se alia à celebração da cor e da vida. A pintura revela o estilo inconfundível de Prado: figuras simplificadas, planos bem definidos e cores de alta saturação que remetem à fé popular e à ingenuidade simbólica da arte primitivista.* Nota biográfica: Adelson Filadelfo do Prado nasceu em Vitória da Conquista, BA, em 1944, e faleceu em 2013. Autodidata, iniciou-se na pintura ainda menino, desenhando santos e igrejas de sua cidade natal. Em 1960 já participava da 1ª Convenção de Artistas Locais e, em 1977, realizou um painel no Salão Nobre do Estádio do Maracanã (RJ). Sua obra  marcada por cores intensas e temática religiosa ou cotidiana  destaca-se no panorama da arte naïf brasileira, sendo conhecida pela harmonia entre o sagrado e o popular.
  • Par de cadeiras estilo Luís XVI em madeira nobre escurecida, manufatura não identificada, meados do século XX. Estrutura em madeira nobre escurecida, com encosto emoldurado em formato reto com coroa superior em semi-círculo de degrau duplo, característico do estilo Luís XVI.Encosto em palhinha indiana natural, original e bem tensionada.Assento solto, forrado em tecido sintético com padronagem clássica em preto e bege, simulando trama de palha natural.As pernas são retas e caneladas, unidas por travessas discretas, apresentando rosetas florais esculpidas nos cantos dos apoios frontais  detalhe distintivo da linguagem neoclássica francesa.Medidas: 100 cm de altura x 53 cm de largura x 55 cm de profundidade.Em bom estado geral de conservação, sem indícios de restauro, colagens, rachaduras ou partes substituídas.Necessitam apenas de leve lustro de realce para devolver brilho à madeira. Faz conjunto com os dois lotes seguintes.
  • Excepcional Pinha em cristal rubi lapidado e gravado com motivos floraisBoêmia, primeira metade do século XXCristal de chumbo em tom rubi intenso, lapidado em facetas geométricas e gravado com ramalhetes florais e arabescos simétricos dentro de painéis verticais delimitados por faixas em rede e guirlandas de louros. Apoio em base de bronze patinado com pátina verde original.Altura: 15 cmDiâmetro máximo: 6,5 cm. A tonalidade vermelha  de brilho profundo e refratância elevada  é obtida por um processo químico de rara precisão: o uso de óxidos de ouro coloidal, combinados a sulfatos de ferro e aditivos de chumbo, produz a cor rubi quando o vidro é submetido a um segundo ciclo de aquecimento controlado (denominado striking), que ativa os íons metálicos dispersos.Esse método, dominado pelos mestres vidreiros da Boêmia desde o século XIX, resultava em tons que variavam do escarlate translúcido ao grená opaco  efeito impossível de reproduzir por simples pigmentação.Peça de requinte técnico e visual, representativa do apogeu do cristal boêmio de luxo, destinada a interiores aristocráticos e coleções devocionais privadas.Nota do editor: O tema floral simboliza a vida e a eternidade, e aqui o contraste entre o vermelho do cristal e o branco da gravação sugere vitalidade espiritual e renascimento. Na tradição europeia, o cristal rubi era também associado ao Sangue de Cristo e à caridade divina, o que confere à peça um sentido de beleza e redenção.
  • CRISTAL ANTIGO - Pinha heráldica em cristal azul lapidado  com aplicação a ouro sobre base de bronze. Europa Central, possivelmente Império Russo ou Boêmia, primeira metade do século XX. Cristal azul translúcido, lapidado e gravado em camadas com delicadas incisões douradas, apresentando de um lado águia bicéfala coroada  símbolo do poder imperial e espiritual  e, no verso, monograma E coroado e encimado por cruz de Cristo, ladeado por ramos de louro. Ornamentação lateral com painéis geométricos e motivos vegetais dourados. Apoiada sobre base em bronze patinado.Altura: 14 cmDiâmetro máximo: 6,5 cmObra de caráter simbólico e cerimonial, evocando a tradição centro-europeia e russa de cristais comemorativos e objetos devocionais personalizados. O uso do azul celeste  cor imperial e mariana  associado ao ouro e à cruz, sugere peça de devoção privada ou diplomática, produzida em ateliê de luxo inspirado nas oficinas de Moser (Boêmia) ou Fabergé (São Petersburgo).Nota do editor. A águia bicéfala, presente em brasões imperiais bizantinos, russos e austro-húngaros, representa o domínio simultâneo sobre o Oriente e o Ocidente. O monograma E coroado e crucífero reforça a dimensão cristã da autoridade  símbolo da união entre fé, realeza e eternidade. O conjunto assume o sentido de poder consagrado pela cruz e da vitória espiritual sobre a matéria.
  • Brennand  Recife, Brasil, meados do séc. XXServiço de jantar em porcelana nacional  motivo Pássaros e RamalhetesServiço composto por 52 peças em porcelana branca com decoração de pássaros exóticos entre ramos floridos, em esmaltes policromos suaves (rosa, verde, ocre e dourado). Borda com filete em ouro, em estilo neoclássico depurado.O conjunto inclui: 23 pratos rasos ( 24 cm); 12 pratos fundos ( 24 cm); 08 pratos para sobremesa; 04 travessas ovais de diferentes dimensões (40 x 25,5 cm; 36,5 x 23 cm; 32 x 20 cm; 28,5 x 18,5 cm); 01 molheira; 01 sopeira com tampa; 01 tigela grande ( 26 cm); 01 prato para bolo ( 30 cm); 01 terrina média sem tampa.Marca Brennand  Recife  Brasil sob o brasão heráldico da manufatura, ao verso.Peças em excelente estado geral, com douração íntegra e mínima perda de uso. Total: 52 peçasProcedência: Fábrica Brennand, Recife (PE), BrasilDécadas de 19501970Nota iconográfica curtaA decoração de aves sobre ramos floridos evoca o gosto orientalizante que permeou a porcelana europeia e brasileira no pós-guerra, reinterpretado aqui com leveza tropical e cromatismo sutil. Os pássaros, símbolo de harmonia e felicidade doméstica, refletem a intenção da manufatura Brennand de unir inspiração clássica e espírito nacional na arte da mesa.Nota do editor. Trajetória da Porcelana Brennand  Recife, Brasil. Fundada em Recife, nas primeiras décadas do século XX, a Porcelana Brennand S.A. consolidou-se como uma das mais importantes manufaturas cerâmicas do Brasil. Vinculada ao tradicional grupo industrial Brennand, a fábrica destacou-se pela produção de porcelanas duras de alta resistência e fino acabamento, voltadas tanto ao uso doméstico quanto institucional.Durante as décadas de 1950 a 1970, a Brennand atingiu seu auge técnico e estético, com serviços de jantar, chá e café que rivalizavam com os produzidos na Europa. As decorações, aplicadas por decalques e acabamentos manuais em ouro e esmaltes coloridos, exploravam motivos florais, heráldicos e orientais, refletindo o diálogo entre tradição europeia e refinamento brasileiro.Hoje, as porcelanas Brennand são valorizadas como símbolos do design nacional de meados do século XX, testemunhos da ambição industrial e do gosto refinado que marcaram o Nordeste modernizador do período.
  • VISTA ALEGRE  Portugal, séc. XXServiço parcial de jantar Japão / Oriental  variante Colibris do ImperadorConjunto composto por 24 peças, sendo 12 pratos rasos ( 25,8 cm) e 12 pratos para sobremesa ( 21,8 cm), todos em porcelana fina branca com rica decoração policromada e dourada, apresentando motivo central de colibris entre flores de magnólia e crisântemos, simbolizando a harmonia e a delicadeza na tradição oriental.A borda é ornamentada por faixa ferruginosa alaranjada com reservas florais alternadas e pequenas libélulas, sob o mesmo espírito decorativo da linha Japão / Oriental desenvolvida pela manufatura nas décadas centrais do século XX.Marca verde VA 1824  Vista Alegre Portugal ao verso.Peças em excelente estado, sem lascas, trincas ou perdas cromáticas. Total: 24 peças Diâmetro: rasos 25,8 cm | sobremesa 21,8 cm Referência: série Japão / Oriental, variante decorativa conhecida como Colibris do Imperador (produção Vista Alegre, Ílhavo, Portugal).Nota iconográficaO colibri, símbolo da graça e da energia vital, foi incorporado à iconografia orientalizante europeia como metáfora da vida efêmera e sublime. Na tradição sino-japonesa, evoca a alma pura que busca a beleza das flores, mensageiro entre o céu e a terra.Nota do editor:A Vista Alegre reinterpretou esse motivo sob influência das porcelanas nipônicas do período Meiji, traduzindo em paleta ferruginosa e dourada a delicadeza imperial associada ao pássaro. O resultado é uma composição de rara leveza, onde o voo dos colibris se harmoniza ao ornamento disciplinado da escola decorativa portuguesa do pós-guerra.
  • PORCELANA Royal Bone China, linha Siam Classic - Serviço de jantar composto por 59 peças, manufatura Royal Bone China, linha Siam Classic, produzido na Tailândia.Porcelana do tipo fine bone china, de corpo translúcido e leve, com decoração em faixa azul-cobalto e filetes em ouro 24k.Composição:24 pratos rasos diâmetro 26,512 pratos fundos diâmetro 22,9.12 pratos de sobremesa11 pratos para pão.Design clássico de inspiração inglesa, de excelente qualidade e brilho vitrificado.Peças em ótimo estado de conservação, sem lascas, trincas ou restaurações.A "Bone China" é um tipo de porcelana que se distingue por ser mais fina, leve e resistente do que a porcelana comum. Ela é feita com uma combinação de materiais, incluindo cinzas de ossos (geralmente bovinos), caulim e feldspato. A "Fine Bone China" é a qualidade mais elevada desse tipo de porcelana, contendo pelo menos 30% de cinzas de ossos, o que lhe confere maior translucidez, brilho e durabilidade. Os produtos da marca Royal Bone China são conhecidos pelo seu design e decorações exclusivas, além de sua resistência e translucidez.
  • QUADRO OST assinado no CID, J. L. Jensen (Johan Laurentz Jensen 18001856, dinamarquês) * Atribuído. Natureza-morta com flores em vaso sobre tampo de mármoreÓleo sobre tela, assinado no canto inferior direito J. L. Jensen (atribuição pendente).Medidas da tela: 91  61 cm.Medidas totais com moldura entalhada e dourada: 110  80 cm.Obra apresenta reentelamento antigo, mantendo boa estabilidade de superfície e craquelure compatível com o período.Composição de elaborada profusão floral, em ambiente sombrio e fundo neutro, iluminando-se no contraste entre vermelhos, brancos e azuis. O tratamento das pétalas, o brilho acetinado das folhas e o uso de reflexos dourados na cerâmica remetem à tradição flamenga de pintura de flores do século XIX, com ecos tardios da estética de Jan van Huysum e Rachel Ruysch.O quadro apresenta pinceladas precisas e detalhamento característico da escola nórdica; moldura de época, em madeira lavrada e douração a ouro falso (estilo francês).Nota do editor: Johan Laurentz Jensen foi o mais celebrado pintor dinamarquês de naturezas-mortas florais do séc. XIX. A bibliografia e bases referenciais disponíveis em sites específicos, Wikipedia bem como catálogos da casa de leilões, Christies, confirmam o uso da assinatura J.L. Jensen, fina e inclinada que aparece aqui atribuído ao trabalho apresentado. As obras pesquisadas em livros e sites de internet conversam bem com esta obra, mas não há como afirmar sua autenticidade sem uma expertise de autoridade na obra do artista e período que representa. Outro ponto de atenção é a plena visibilidade da assinatura em tom avermelhado, o que pode corresponder a uma intervenção tardia.
  • QUADRO OST assinado no CIE, S. Pinto. Sílvio Pinto da Silva (à época Sylvio Pinto; Rio de Janeiro, 17 de março de 1918  Rio de Janeiro, 3 de abril de 1997) foi um pintor, cenarista e professor brasileiro. No quadro ofertado em nosso leilão o artista retratou uma cena urbana de Paris, em 1954 (data no verso da tela). Medidas da tela: 74 x 55 cm  e 97 x 78 cm com moldura. Assinada no canto inferior esquerdo: S. Pinto; no verso, inscrição manuscrita: Paris  1954 / Sylvio Pinto / S. Pinto.Composição representando boulevard parisiense sob céu carregado, com edifícios simétricos e perspectiva central dominada por agulha neogótica. A cena, animada por figuras em movimento e reflexos sobre o chão úmido, revela a paleta cinza-azulada e o traço ágil característicos da fase francesa do artista.Sylvio Pinto foi pintor, desenhista e ilustrador, ligado à Escola de Paris e ao modernismo brasileiro. Suas paisagens urbanas de atmosfera melancólica e vibrante figuram em importantes coleções públicas e privadas.
  • ARTE SACRA - QUADRO EM TÊMPERA representando Nossa Senhora da Conceição - Escola Alto-Peruana, séculos XVII/XVIII.Antiga pintura de devoção representando Nossa Senhora da Conceição coroada, portando o Menino Jesus, sobre meia-lua e flores, envolta por guirlanda de rosas e halo prateado. Técnica em têmpera sobre tela, característica das produções coloniais andinas de provável procedência alto-peruana (região de Cuzco, atual Peru/Bolívia).A moldura, original de época, é entalhada em madeira policromada e dourada, de estrutura tridimensional em caixa alta, com aplicações em madrepérola e relevos florais.Medidas: tela 70 x 60 cm; com moldura 90 x 80 cm.Estado de conservação: excelente para a antiguidade; pequenas marcas compatíveis com o tempo.
  • ARTE SACRA - Imagem Pernambucana representando Nossa Senhora do Amparo com o Menino Jesus, imaginária brasileira, provavelmente meados do séc. XX, boa talha, policromía  ´ingênua. Imagem devocional de boas proporções, . Policromia em tons vivos de azul, vermelho e dourado, com belo panejamento. Peça com bom movimento e expressões serenas, seguindo a tradição da imaginária sacra brasileira de meados do século XX. Assinatura incisa sob a base: L. A. H. Medidas: 43 cm de altura x 21 cm de base. Estado de conservação: pequenas perdas na policromia e restauro antigo na mão direita bem executado; estrutura firme e íntegra.
  • ARTE ORIENTAL - Figura de pato em porcelana chinesa, Dinastia Qing (16441912), decoração estilo Imari.Escultura zoomórfica em porcelana - meados do século XX - representando pato em posição ereta, de corpo alongado e delicadamente modelado. Decoração em esmaltes sobre o vidrado, com flores estilizadas nas cores ferro-vermelho, azul-cobalto e dourado, enriquecidas por toques de verde-turquesa - composição que remete diretamente à paleta Imari japonesa, reinterpretada pelos fornos chineses no período final da Dinastia Qing.Medidas: 28 cm de altura x 18 cm de comprimento x 16 cm de largura máxima.Em excelente estado geral de conservação.Faz conjunto com os dois lotes subsequentes.Nota histórica:A estética Imari, originária da região de Arita (Japão), alcançou enorme popularidade na Europa do século XVIII e foi amplamente reinterpretada pelos ceramistas de Jingdezhen, na China. Essas versões exibem equilíbrio entre exuberância oriental e gosto ocidental por composições florais densas, sendo peças muito exportadas pela Companhia das Índias.Nota técnica  marca de base:Na base, inscrição em azul sob o vidrado com os caracteres  (Zhn y cáng wán), traduzidos como Peça de coleção preciosa e elegante. Trata-se de marca de oficina contemporânea, utilizada em produções decorativas pós-1949, inspiradas na porcelana Qing e destinadas ao mercado de exportação.Estatuetas de porcelana chinesa, particularmente aquelas que retratam animais como patos, têm uma longa e rica história, muitas vezes imbuída de significado simbólico. Os patos, especialmente os patos mandarim, são frequentemente associados à fidelidade conjugal e boa sorte na cultura chinesa. O estilo decorativo visto nesta estatueta - ora ofertada em nosso leilão - com seus padrões florais vibrantes em azul e laranja, lembra a paleta 'Imari', que foi popularizada na China e no Japão e amplamente exportada para a Europa.Este estilo particular de decoração, muitas vezes referido como Imari chinês, floresceu durante a Dinastia Qing (1644-1912). Tais peças eram muito procuradas por colecionadores europeus e muitas vezes eram produzidas em grandes quantidades para exportação. O artesanato, incluindo os detalhes pintados à mão e o esmalte brilhante, indica um artesão habilidoso, e a estética geral é característica da porcelana decorativa produzida tanto para uso doméstico quanto para o comércio internacional durante este período.
  • José de Dome (Estância SE em 1921 e falecido em Cabo Frio (RJ) em 1982). Girassol e Coruja, 1969Óleo sobre telaAssinada e datada no canto inferior direito: José de Dome / Cabo Frio, 2-2-69Verso com inscrição de punho do artista, repetindo o título e local/data.Medidas da tela: 55 x 46 cmMedidas totais (com moldura): 82 x 73 cmA obra revela a fase madura de José de Dome, conhecida pela vibração cromática e espiritualidade simbólica. O artista utiliza o amarelo e o laranja  cores que ele mesmo definia como tons de iluminação interior  para representar uma cena alegórica em que a coruja, figura recorrente em sua iconografia, surge como emblema de sabedoria e silêncio diante da energia solar dos girassóis. O tratamento matérico da superfície e a pincelada expressiva reforçam a dimensão mística do conjunto, marcando a síntese entre forma e cor típica do expressionismo lírico de Dome.* Nota sobre o artista. José de Dome foi um pintor sergipano renomado, nascido em Estância em 1921 e falecido em Cabo Frio (RJ) em 1982. Conhecido por sua arte direta e expressiva, capturou a paisagem urbana de Salvador, além de crianças, animais e cenas do cotidiano. Antes de se dedicar à pintura, teve uma vida de trabalhos manuais e avulsos, migrando para Salvador após a morte da mãe em 1939. Sua carreira deslanchou com exposições em Salvador e depois no Rio de Janeiro, consolidando-se internacionalmente com mais de cem exposições no Brasil e no exterior.
  • Carybé (Lanús, Argentina, 1911  Salvador, Bahia, 1997)Sem título, 1971. Nanquim sobre papel, 56  78 cm. Medidas totais com moldura: 64  96 cm.Assinado e datado no canto inferior direito: Carybé / 71.Obra em nanquim apresentando figuras estilizadas e fragmentadas, dispostas em composição ritmada e quase coreográfica  uma das marcas do traço maduro de Carybé. A economia cromática, restrita ao preto e cinza sobre o papel natural (acidado) enfatiza a gestualidade e a leveza gráfica que tornaram o artista um dos grandes intérpretes do movimento e da forma humana.Carybé (Lanús, Argentina, 1911  Salvador, 1997) foi pintor, desenhista, escultor, muralista, ilustrador e cronista visual da cultura brasileira. Radicado na Bahia desde 1950, tornou-se um dos mais importantes artistas ligados à representação da religiosidade afro-brasileira e dos costumes populares. Ilustrou obras de Jorge Amado, participou da Bienal de Veneza (1956) e da Bienal de São Paulo (1959 e 1961), sendo reconhecido internacionalmente por seu estilo vigoroso e profundamente brasileiro.
  • QUADRO OST - Manuel Santiago (Sevilha, 1895  São Paulo, 1987).Paisagem com figuras. Óleo sobre tela, 50  63 cm. Medidas totais com moldura: 78  89 cm.Assinada no canto inferior esquerdo e igualmente no verso, em grandes dimensões sobre o chassi.Obra representativa do impressionismo lírico de Manuel Santiago, com delicada harmonia tonal e textura de espátula que confere atmosfera vaporosa à cena campestre. As figuras minúsculas no primeiro plano  mulheres e crianças em meio ao verde  evocam serenidade bucólica e domínio técnico sobre a luz e a profundidade.Manuel Santiago (Sevilha, 1895  São Paulo, 1987) foi pintor espanhol radicado no Brasil a partir da década de 1940, integrando a geração de artistas que difundiu o impressionismo tardio nas escolas de arte cariocas e paulistas. Trabalhou em temas de paisagens, marinhas e cenas rurais, com pincelada fluida e paleta clara, mantendo diálogo com mestres europeus como Sorolla e Eliseu Visconti. Suas obras figuram com frequência em acervos particulares e leilões brasileiros, valorizadas pela suavidade cromática e pela qualidade de execução.
  • ARMANDO ROMANELLI (Rio de Janeiro, 1945).Feira de Flores, 1994.Óleo sobre tela.Assinado no canto inferior esquerdo e no verso, onde se lê: Feira de Flores / Romanelli / 1994  40 x 50.Medidas da tela: 40  50 cm.Medidas totais (com moldura): 68  77 cm.A obra retrata uma cena urbana recorrente no trabalho do artista, representando uma feira de flores sob luz intensa, marcada pela pincelada firme e pela paleta rica em vermelhos, violetas e amarelos  recursos típicos da fase madura do artista.Romaneli é conhecido por seu domínio da cor e da composição, destacando-se entre os paisagistas e coloristas cariocas da segunda metade do século XX.*Armando Romanelli de Cerqueira (Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1945) é pintor brasileiro considerado parte da geração pós-impressionista carioca.   Filho e neto de artistas plásticos, iniciou sua produção aos 15 anos e formou-se no Instituto de Belas Artes do Rio, tendo professores como Edgar Walter e Oswaldo Teixeira.   Sua obra combina o colorido vibrante e a luminosidade tropical com influência impressionista europeia, além de por vezes toques expressionistas em cenas urbanas.  Fonte: Arrematearte e site do artista.
  • PORCELANA ITALIANA CAPODIMONTE - Grande centro de mesa em porcelana italiana Capodimonte, formato de nave ou concha alongada, ricamente modelada e pintada à mão em policromia viva.Decorado com putti em relevo, em cena pastoril entre flores e colheitas, e alças em forma de hipocampos alados. Interior em tom rosado com craquelado no esmalte e filetes em dourado.Marcado sob a base com brasão coroado e inscrição em tinta de ouro 1693 Italy.Medidas: 53  25,5  15 cm.Estado: craquelado interno visível; sem quebras estruturais.Peça de impacto decorativo, representativa da tradição escultórica napolitana do século XX, inspirada nos modelos barrocos originais da manufatura real de Capodimonte.* Nota editorial. A manufatura Capodimonte foi fundada em 1743, em Nápoles, sob patrocínio de Carlos de Bourbon, futuro rei Carlos III da Espanha. Reconhecida por sua porcelana de pasta tenra e alto teor escultórico, a casa distinguiu-se pelo trabalho minucioso em relevo  característica mantida nas reedições do século XX, como esta.O brasão coroado com as iniciais G.B. refere-se a uma das oficinas italianas que, entre as décadas de 1950 e 1970, perpetuaram o estilo ornamental original, associando pintura manual e modelagem rica em movimento.
  • PRATA INGLESA Castiçal estilo Neoclássico Georgiano, confeccionado em prata de lei marcada (punções parciais desgastadas, possivelmente Sheffield, teor 925), decorado em toda a superfície com guirlandas, laços e acantos em relevo. Corpo em peça única de fuste quadrangular afilado, base moldurada e campânula com borda perlada.Medidas: 31 cm de altura; base 12,5  12,5 cm.Peso bruto: 958 gramas.Estado: excelente, leve patina do tempo. 1/4
  • Candelabro em prata brasileira  marca MK (Michael Koury). Imponente candelabro em prata brasileira, manufatura MK  Michael Koury, projetado para 5 luminárias. Corpo central com fuste torneado e ornamentação em leve movimento, braços sinuosos em S e bobeches destacáveis em prata lisa.Base quadrangular em degraus com molduras decorativas, conferindo equilíbrio e presença à peça.Trabalho de ourivesaria moderna de alta qualidade, combinando solidez estrutural com linhas de tradição clássica reinterpretadas.Medidas: 27 cm (altura) x 22 cm (largura entre braços) x base 14 x 14 cm.Peso: 2.424 kg.Material: Prata brasileira marcada MK  Michael Koury.Procedência: Acervo família Rezende  residência Av. Atlântica, Copacabana  Rio de Janeiro.Nota do editor: Michael Koury (origem libanesa) atuou no Brasil entre as décadas de 19601990, e foi referência em prata artesanal de luxo. Peças marcadas PBMK800 são itens muito apreciados em catálogos de leilões de qualidade. Há Registros de oficina/atribuição em São Paulo e circulação e venda de peças no Rio em loja situada a Rua Barata Ribeiro / Copacabana.

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